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Casa Triângulo tem o prazer de apresentar Vento Corta, a segunda exposição individual de Zé Tepedino na galeria.
Vento corta
Uma neblina muda a paisagem.
Após um dia de chuva, como goteira, vento corta.
Toda noite senhores por trás dos seus baralhos, acumulam notas sobre o tempo.
Vento atravessa o horizonte, que insiste em se levantar e vestir as mesmas roupas.
O tempo é braço direito, mas sem ele, vento é manso, brisa, rajada, um golpe do ar.
Quinas parecem dividir, mas o que há de macio acolhe.
Reunidas numa disposição comandada por frestas, ondas ganham luz.
Duras, congelam o barulho de ventilador.
Uma esquina visita outra cidade, que como um braço engessado decide levar apenas o que o corpo lembra.
Enquanto a janela fechava, se despediram. E lá dentro, aos poucos, tudo foi reencontrando seu novo lugar.
Zé Tepedino
Nota sobre a exposição
O vento é sutil, muitas vezes imperceptível, assim como muitos dos materiais com os quais escolho trabalhar. No entanto, pela repetição de gestos simples, esses materiais ganham presença e se afirmam no corte—uma marca física e evidente.
A exposição reúne um conjunto de obras recentes que exploram diferentes materialidades, escalas e ritmos, construindo sistemas poéticos em constante diálogo. Elementos corriqueiros se aproximam e se repetem, mas nunca de maneira idêntica.
Muitos trabalhos são atravessados tanto pela ideia de vento—como nas obras com bandeiras—quanto pela ação de cortar, um gesto recorrente.
Assim como o vento, quase invisível, a mostra se revela na relação com o tempo, afirmando sua presença no instante e na memória.
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O vento é sutil, muitas vezes imperceptível, assim como muitos dos materiais com os quais escolho trabalhar. No entanto, pela repetição de gestos simples, esses materiais ganham presença e se afirmam no corte—uma marca física e evidente.
A exposição reúne um conjunto de obras recentes que exploram diferentes materialidades, escalas e ritmos, construindo sistemas poéticos em constante diálogo. Elementos corriqueiros se aproximam e se repetem, mas nunca de maneira idêntica.
Muitos trabalhos são atravessados tanto pela ideia de vento—como nas obras com bandeiras—quanto pela ação de cortar, um gesto recorrente.
Assim como o vento, quase invisível, a mostra se revela na relação com o tempo, afirmando sua presença no instante e na memória.
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lago, 2022
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MANHÃ
A obra manhã é composta por fragmentos de cadeiras de praias antigas, que após o contato com o corpo e o tempo, ganha diferentes tonalidades e carregando as memórias do seu uso.
O objeto passa ser desmembrado e através de um novo arranjo estruturado pelo mesmo material, agora eu uma forma de linha continua, fazendo alusão a transição da noite para o dia.
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manhã, 2023
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marina I, 2024
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CASSINO
As caminhadas até a praia, pelas manhãs de domingo, passam a encontrarde forma recorrente uma situação inusitada.
Mesas embaladas com grandes folhas de papel repletas de círculos, rabiscos, nomes e o que parecem ser pontos, anotações sobre o tempo.
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cassino, 2024
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Copos, 2024
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AAAAAAA
Oito guarda-sóis azuis marcados com “A”.
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AAAAAAAA, 2023
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marina II, 2024
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AFFECTUS
A ideia de deslocar e rearticular objetos, materiais e situações e reapresentá- los em novos contextos ganha novos contornos.
Affectus é uma escultura que fala sobre cotidiano e intimidade.
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Affectus
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