Sandra Cinto: Acaso e Necessidade: Casa Triângulo, São Paulo, Brasil
Acaso e Necessidade, título extraído de um pensamento Zen Budista, apresenta nova série de trabalhos, fruto de um período de 60 dias no Japão, a convite do Aomori Contemporary Art Centre, onde a artista aprofundou sua pesquisa sobre a arte oriental e sua influência no Ocidente.
A instalação, composta por duas telas panorâmicas e uma escultura em grande escala, foi pensada especialmente para dialogar com a arquitetura. Na sala anexa, serão apresentados os desenhos produzidos no Japão que deram origem à série.
A água, elemento recorrente na obra da artista, surge em telas monumentais, não apenas como metáfora de naufrágios da sociedade contemporânea, mas como elemento simbólico de renovação, transformação e movimento.
Inserida no processo de criação dos desenhos, a água escorre ao acaso pela superfície das telas e papéis e registra o incontrolável, o imprevisível. O desenho aparece em contraponto à mancha, como necessidade de expressão e manifestação do pensamento, transformando o campo compositivo numa grande paisagem, organizada em dois tempos: a fluidez da água e a lentidão do fazer com traços finos e contínuos.
A escultura posicionada no centro da sala é a peça fundamental na concepção da exposição: uma ponte, símbolo de passagem e transitoriedade, tem em suas extremidades objetos que sugerem uma reflexão sobre a infância, idade adulta e o envelhecer.
Atualmente, a artista realiza individual no USF Contemporary Art Museum/Flórida, com curadoria de Noel Smith. Em junho de 2016, instalará uma obra permanente em uma escola pública na cidade de Nova York, selecionada pelo projeto Percent for Art.
A artista também está desenvolvendo um projeto para o Centro de Arte Contemporânea de Cincinnati e participará de exposições na Espanha, Holanda, Estados Unidos, entre outros. Em 2015, sua obra Partitura foi adquirida pelo MoMA de Nova York.