Apresentação
As primeiras investigações artísticas de Fernanda Galvão partiram de um olhar atento à biologia e ao repertório do próprio corpo, como entranhas, células, tecidos constituintes ou mesmo estranhos a esse corpo. A esse conjunto de referências logo foram se somando noções de paisagens internas e externas e, nesse sentido, tanto o estudo e observação da natureza como a literatura e a cinematografia de ficção científica são fundamentais.
Sua pesquisa artística tem enfoque na pintura, mas se vale também de filmes, instalações e esculturas. A despeito da linguagem empregada em seus trabalhos, a artista constrói atmosferas que proponham um universo com regras, espacialidades e temporalidades próprias. Assim, surgem paisagens e ecossistemas exclusivos do mundo pictórico, pois são informados pela natureza, mas dela nascem paisagens únicas e ficcionais, eventualmente inadequadas à vida humana, porém propícias a outras tantas formas de vida.
 
Texto retirado da exposição “Por muito tempo acreditei ter sonhado que era livre” no Instituto Tomie Ohtake com curadoria de Priscyla Gomes e realizado em colaboração com o curador Diego Mauro
Obras
Biografia

Fernanda Galvão [nasceu em 1994, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em Paris, França]. Graduou-se em Artes Visuais pela Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, Brasil. Suas principais exposições individuais são: As colinas murmuravam e sonhavam em cair no mar, com curadoria de Luana Fontes, na Casa Triângulo, São Paulo, Brasil [2023]; Oyster Dream, na Foundry Seoul, Seul, Coréia do Sul [2023], além de Papila Sobremesa Tutti-Frutti, parte do programa de exposições simultâneas do Museu de Arte de Ribeirão Preto [2021]; Destacam-se as seguintes exposições coletivas: Ópera Citoplasmática, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil [2022]; The Open Palm of Desire: Gary Komarin and Fernanda Galvão, Trisivrikos, Londres, Inglaterra [2022]; Por muito tempo acreditei ter sonhado que era livre, com curadoria de Pryscila Gomes, parte do programa Arte Atual, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil [2022]; Form der Unruhe, curadoria de Luisa Telles, La Dons Gallery, Hamburgo, Alemanha [2022]; Metamorphoses, curadoria de Dimitrios Tsivrikos, Neon Gallery, Londres, Inglaterra [2021]; Re-rooting: Daisy Murphy Youth Dance, curadoria de Olivia Bright, Folkestone, Inglaterra [2021]; Mythologies, com curadoria de Dimitrios Tsivrikos, Neon Gallery, Londres, Inglaterra [2021]; E nesse ano a noite preta prega a porta, Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, Brasil [2018]. Participou dos seguintes Salões de Arte: 17º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Guarulhos, Guarulhos, Brasil [2021]; 17º Salão Ubatuba de Artes Visuais, Ubatuba, Brasil [2021]; 49º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto; Paço Municipal, Santo André, Brasil [2021]; 44º Salão de Arte de Ribeirão Preto, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, Brasil [2019], no qual recebeu o Prêmio Aquisição; 47º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Paço Municipal, Santo André, Brasil [2019], no qual também recebeu o Prêmio Aquisição; 28º Mostra de Arte da Juventude, Sesc Ribeirão Preto, Ribeirão Pretos, Brasil [2017]. Participou da residência artística Joshua Tree Highlands Art Residency, Mojave Desert, California, EUA [2023]

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