Apresentação
Treinada nas técnicas do realismo clássico durante seus anos de formação, Thix desde então pesquisa as formas como a figuração ultrapassa o campo visual e adentra o simbólico, a partir da ideia de que os arquivos ocupam um lugar central no imaginário político das comunidades queer e trans como repositórios de memória coletiva, de resistência e contrapoder, bem como fontes de inspiração que apontam para o futuro. 
Estudou desenho e pintura na Florence Academy of Art (Itália) e Barcelona Academy of Art (Espanha), com passagem pelo ateliê Grand Central de Nova York. 
O trabalho de Thix acessa o legado da pintura figurativa ocidental, espelhando elementos da história da pintura - um forte senso de luz e sombra em desdobramentos de cor, forma e materialidade - e se debruça sobre um olhar para a intimidade através de uma lente queer. 
Trabalhando com abordagens conceituais e documentais para a produção de imagens, Thix examina gêneros familiares – no retrato e nas identidades – em uma apropriação desobediente do cânone, que fratura os caminhos clássicos da representação, desorienta centros e bordas, o pessoal e o político, o etéreo e a corporeidade. 
O deslocamento temporal nos motivos de suas imagens de natureza-morta resgata e subverte o gênero, ultrapassando os limites do enquadramento pictórico. Tomando como pressuposto a teoria e fenomenologia queer, a artista examina questões estéticas e possibilidades para pensar a existência, contingência e orientação dos corpos e objetos em fuga da normatividade. 
Ao aplicar o vocabulário visual e as convenções acadêmicas da pintura a temas políticos extraídos do tecido social, Thix faz com que seus sujeitos e suas referências históricas sejam inversões justapostas entre si, reforçando a ambiguidade e a complexidade provocativa que permeiam suas imagens. 
Obras
Biografia

Thix (1982, Porto Alegre) vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil. Entre as exposições das quais participou, destacam-se Preceito Fundamental, Espaço CA.MA, São Paulo (2023); 15º Salão dos Artistas sem Galeria, na Galeria Zipper, São Paulo, 2024; Alvorada, Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro (2024); O que te faz olhar para o céu?, Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro (2024); Programa de Exposições do Museu de Artes de Ribeirão Preto (2024); Apocalipse, Casa França-Brasil (2024); Réquiem para um nome, Galeria Silvia Cintra +Box4 (2024). Participou da Residência Artística da FAAP em 2024. Foi vencedora do Prêmio Garimpo das Artes, promovido pela revista Das Artes em 2024, e selecionada para a Temporada de Projetos do Paço das Artes (SP) 2025. Possui obras em coleções particulares e no acervo público do Museu de Arte do Rio (MAR). 

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